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Foto do escritorLucas Almeida

O invisível


Uma bela diferença das casas modernas para aquelas do século passado talvez nem seja o estilo, mas sim a quantidade de aparelhos eletrônicos que foram aparecendo na nossa decoração e começaram a fazer parte do cenário cotidiano. Era comum que, algumas décadas atrás, as salas tivessem sofás se encarando para as pessoas se sentarem umas de frente para as outras, porém já faz alguns anos que o layout básico das salas de tv mudou drasticamente e os assentos começaram a encarar as telas.

Não só abraçamos a modernidade como parte integral das nossas casas como também começamos a planejar a decoração para abraçar essa demanda cada vez maior de equipamentos. Painéis, nichos, prateleiras foram aparecendo para acomodar os fios e as diversas caixinhas pretas responsáveis pela TV, pelo som, automação e tantas outras funções eletrônicas que uma sala contemporânea ganhou nos últimos anos. Contudo o modernismo nos ensinou que o bom design de interiores tem que balancear a estética e a funcionalidade, fazendo nascer diversas soluções que hoje já são mais do que cotidianas para nós.

As nossas estantes cheias de CDs e DVDs dos anos noventa começaram a dar lugar para aparelhos de vídeo, som e videogames e as portas ripadas ganharam o cenário pois conseguem esconder toda a bagunça sem impossibilitar o uso dos controles remotos. Também começamos a desenhar painéis nas paredes para passar a quantidade cada vez maior de fios que uma sala de TV precisa. Nossos móveis não refletem apenas o conceito estilístico do que é bonito para cada época, mas também começam a ganhar novas funções e soluções técnicas para acomodar cada vez melhor as necessidades de uma família do século XXI.

Ainda que, ao se tratar de decoração, muito se resuma a estilo e conceito, algumas das soluções que apareceram nas nossas casas são respostas as necessidades que estão em constante evolução. A resposta estilística para a tecnologia é o que nos garantiu conforto ao viver em meio às máquinas, naturalmente frias e robóticas, isso porque quando nossa casa começou a ganhar cada vez mais aparelhos o design foi o responsável por não tornar os ambientes parecidos com uma fábrica ou um laboratório, mantendo o conforto visual. Portanto, não só a disposição dos móveis surge como uma nova forma de usar esses ambientes, mas também o desenho deles não é por acaso.

Esse apreço que temos com cada projeto não tem só função estética, por trás dos painéis e portas ripadas, prateleiras iluminadas ou cantos arredondados, nichos e mesas de centro existe uma grande infraestrutura para que a casa moderna tenha todas as suas funcionalidades, usamos do recurso estético para fazer com que a TV ligue e que esteja conectada ao aparelho de som no teto e ao comando de voz da casa, para que a pessoa sentada no sofá consiga jogar videogame ou mudar de canal sem precisar deixar os equipamentos a mostra, para a iluminação ser suficientemente clara para que as pessoas possam ler um livro mas também suficientemente escura para proporcionar um clima aconchegante, e são esses detalhes que transformam a casa em um verdadeiro lar.

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